Padrões de Implantação de VNET
Visão geral
No Azure, é de conhecimento geral a possibilidade de criar redes virtuais. No entanto uma coisa que sempre deixa dúvidas é: como garantir a melhor topologia de rede?
Pensando nisso, é importante entender o porquê de planejar a sua topologia de rede quando for trabalhar nas suas implantações.
Somente com planejamento, e entendimento correto sobre a arquitetura do Azure, podemos ter em mente como montar uma topologia que seja viável começando pequeno e que permita escalabilidade.
Padrões de Implantação
Hoje os principais padrão de implantação utilizados no Microsoft Azure são:
- Hub-spoke;
- Daisy Chain;
- FullMesh;
Topologia Hub-Spoke
A Topologia Hub-spoke é caracterizada por conter uma rede dedicada para serviços compartilhados (hub) e redes isoladas para workloads. O Tráfego entre on-premises e Hub pode ser estabelecido usando ExpressRoute ou VPN Gateway.
Você irá ter bastante proveito deste tipo de topologia se quiser trabalhar com o isolamento de múltiplas workloads trabalhando na nuvem. Comunicação bi-direcional não é obrigatória, mas normalmente é implementada. Quando você quer centralizar recursos compartilhados, como servidores DNS, NTP, AD DS, ADFS, esta topologia também pode ser muito útil.
Você pode ter muitos benefícios nessa implementação por estes aspectos
- Redução de custos centralizando workloads compartilhadas;
- Superar limites de assinaturas realizandos o peering de VNETs;
- Separação de atividades: entre TI Central (InfraOps e SecOps) e as workloads (DevOps).
O Centro de Arquitetura Do Azure traz uma documentação bastante rica sobre como fazer a implementação de uma arquitetura hub spoke, bem como referências em PowerShell.
Topologia Daisy-Chain
A topologia Daisy-chain trabalha com o conceito de rede transitória. Diferente da topologia Hub-spoke, é possível estabelecer comunicação entre outras redes, porém a rota sempre irá passar por uma rede central. Pense desta forma, você tem 3 redes virtuais: vnet1, vnet2 e vnet3 e a vnet 2 é sua vnet central. Se a vnet1 quiser conversar com a vnet3, o pacote precisará primeiramente passar pela vnet2. O mesmo precisa acontecer quando a vnet3 quiser se comunicar com a vnet1.
O principal benefício nessa frente é poder se aproveitar do fato de já existir uma rota estabelecida entre 2 redes para comunicações entre outras redes.
Por outro lado, se sua rede transitória estiver fora do ar, você perderá conectividade entre todas as outras redes
Topologia FullMesh
Por fim temos a topologia de FullMesh, sendo uma das mais conhecidas e utilizadas nos dias de hoje. Nesta topologia, todas as suas redes virtuais se comunicam em todas as direções e isso garante bastante resiliência em termos de conectividade. Tratando-se nas práticas de implementação no Azure, esta topologia pode trazer alguns desafios, porque você deve:
- Ou criar uma única rede virtual e tratar várias ranges de subnet e “tratar” estas subnets como redes separadas. O desafio aqui é tratar filtragem / isolamento de workloads mais críticas.
- Ou criar várias redes virtuais e conectar utilizando VNET Peering ou VPN Gateway. Em ambas situações custos com tráfego são esperados, e na segunda opção tem um custo adicional com o Gateway VPN.
Dicas de design e implantação
Dentre as topologias que mostrei, a mais utilizada como padrão de implantação na nuvem é a topologia Hub-spoke. A Microsoft tem uma arquitetura e modelo de implementação muito bem documentado e o principal apresentado é a possibilidade de isolar workloads de recursos compartilhados.
Por trazer vantagens no isolamento lógico dos recursos temos nesta topologia um modelo que é simples de implementar e ao mesmo tempo escalável. Desta forma, aqui vão algumas dicas para quando for implementar sua arquitetura Hub-Spoke:
- Definir serviços compartilhados e serviços especializados;
- Atenção às limitações do recurso por assinatura (500 peerings por assinatura);
- Se tiver interesse em trabalhar com uma DMZ (pública ou privada), implemente um NVA;
Conclusão
Aqui fechamos o tópico sobre padrões de implementação de Redes no Azure. O assunto as vezes pode gerar muitas dúvidas, mas como passei, é muito importante ter a visão de arquiteto em mente, porque suas implantações precisam ser escaláveis e permissíveis de repetição.
Referências:
- Topologia Hub-Spoke
- Topologia Hub-Spoke com Serviços compartilhados
- Hub&Spoke, Daisy-Chain and Full-Mesh VNET topologies in Azure ARM (V2)
- Mesh and hub-and-spoke networks on Azure
Quer mais informações? Acompanhe o primeiro episódio do Pé na nuvem onde eu falo sobre Padrões de VNET!