5 dicas para quem quer aprender de vez a usar um Private Endpoint no Azure

Introdução

Quando vamos fazer um desenho de arquitetura, sempre consideramos o melhor cenário possível. Quando digo "melhor cenário possível", quero dizer que:

  • Todos os recursos estão expostos para a internet. 
  • Não há qualquer restrição de rede. 
  • Quando muito, utilizam-se de Service Endpoints. 

Quer entender de uma vez por todas como usar Private Endpoints no Azure? Então você está no lugar certo! 🌐🔒✨


Introdução

O uso de Private Endpoints no Azure tem se tornado essencial para empresas que desejam reforçar a segurança e privacidade de suas aplicações e dados. Porém, implementar Private Endpoints pode parecer complexo no início. Este artigo traz 5 dicas práticas para que você domine esse recurso de vez. 🛡️💼✅


Dica 1: Entenda o que é um Private Endpoint na prática

Considere um cenário onde uma empresa deseja migrar seu banco de dados SQL do Azure para um ambiente mais seguro, sem exposição à internet. Nesse caso, a utilização de um Private Endpoint garante que apenas as aplicações hospedadas dentro da rede virtual possam acessar o banco de dados, reduzindo significativamente a superfície de ataque. Enquanto Private Endpoint é usado para garantir o tráfego inbound seguro de recursos na rede privada, a VNet Integration é frequentemente utilizada para conexões outbound, permitindo que serviços como Web Apps acessem recursos protegidos dentro da VNet. 🔐📈🌍

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Inclusive, tenho um post completo falando sobre a diferença entre Private Endpoint e VNET Integration! Quando finalizar dá uma lida clicando aqui.

Dica 2: Private Endpoints não precisam de uma subnet exclusiva — adote um padrão que faça sentido para o seu negócio

Em ambientes corporativos, a escolha entre usar uma subnet para cada tipo de recurso ou uma subnet para cada camada de aplicação depende das necessidades de segmentação, segurança e organização. 💻🗂️🎯

Cenário 1: Subnet para cada tipo de recurso
Este modelo é ideal quando você deseja segmentar recursos como bancos de dados, servidores de aplicação, entre outros em subnets separadas. Isso facilita a aplicação de regras de NSG e firewall adaptadas às necessidades específicas de cada tipo de recurso, aumentando o controle granular sobre o tráfego de rede.

Cenário 2: Subnet para cada camada de aplicação
Este modelo é mais adequado para aplicações baseadas em arquitetura de três camadas (web, aplicação e banco de dados). Aqui, você cria subnets para cada camada, permitindo que o tráfego seja estritamente controlado entre as camadas e restringindo acessos diretos a camadas sensíveis, como o banco de dados. 🏗️


Dica 3: Planeje-se e crie antecipadamente as Private DNS Zones necessárias

As Private DNS Zones são usadas para gerenciar e resolver nomes de domínio dentro de uma rede privada no Azure. Elas permitem que recursos conectados a uma VNet resolvam nomes de forma interna, sem depender de resolução externa via internet. O VNet Link é o mecanismo que associa uma zona DNS privada a uma ou mais VNets, garantindo que as consultas DNS dentro dessas redes sejam resolvidas corretamente.

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Só este tema já poderia ter um artigo dedicado pra ele. Me diz se você gostaria de saber como funciona o mecanismo de DNS das Private Zones do Azure 🌐.

Ao configurar um Private Endpoint, o uso de Private DNS Zones garante que os nomes padrão dos recursos (como .blob.core.windows.net, por exemplo) sejam mapeados para o endereço IP privado correspondente. Isso evita problemas de conectividade e reduz a superfície de ataque ao manter o tráfego restrito à rede privada.

É muito comum precisar de mais de um tipo de Zona de DNS, dependendo do produto. Isso acontece quando você vai trabalhar com Storage Accounts. Uma única Storage account pode precisar de até seis zonas de DNS.

Dica 4: Considere as Restrições de Firewall e NSG

Os Network Security Groups (NSGs) desempenham um papel essencial na proteção e controle de tráfego em subnets e interfaces de rede no Azure. Quando usados em conjunto com Private Endpoints, é crucial configurar regras que permitam o tráfego necessário e bloqueiem acessos indesejados. 🛡️🧩📑

Pontos importantes sobre NSGs:

  • Regras de entrada e saída: Certifique-se de que as regras de entrada permitam conexões de redes internas necessárias para o funcionamento dos Private Endpoints. 🚪
  • Prioridades nas regras: As regras de NSG seguem uma ordem de prioridade. Defina prioridades adequadas para evitar conflitos entre regras permissivas e restritivas. 📋
  • Monitoramento contínuo: Use logs de NSG para identificar acessos suspeitos ou não autorizados e ajuste as regras conforme necessário. 🔍
  • Integração com Private Endpoints: Garanta que o tráfego para os IPs privados atribuídos aos Private Endpoints esteja devidamente configurado no NSG para evitar interrupções de conectividade. 💾

Dica 5: Valide e Monitore o Uso do Private Endpoint

Ferramentas para testar conectividade com Private Endpoint incluem opções como o Azure Network Watcher, que oferece diagnósticos detalhados para verificar a conectividade e o tráfego na rede. Além disso, você pode utilizar ferramentas como o Azure Portal para verificar logs de conexão e validar a resolução de nomes através de Private DNS Zones. Para soluções mais práticas, comandos como o nslookup e Test-NetConnection podem ser executados diretamente em VMs conectadas à rede privada para garantir que o tráfego está sendo roteado corretamente para o Private Endpoint. 🔍📋🔗


Conclusão

Os Private Endpoints são fundamentais para uma arquitetura segura e eficiente no Azure. Seguindo essas 5 dicas, você terá a base necessária para implementar e gerenciar esses recursos com confiança. Qual dessas dicas você acha mais desafiadora de implementar? Compartilhe sua experiência ou deixe sua dúvida nos comentários para continuarmos essa conversa!

Referências